“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”

De todos os desafios que o universo materno me propõe, corrigir os filhos de forma que sintam arrependimento pelo erro, é o que considero o mais importante no processo de “chamar a atenção” dos pequenos. Sou muitíssimo abençoada por ser mãe de três crianças fabulosas! E como não poderia deixar de ser… Cada um tem a sua personalidade! Que em nada, se parece com a personalidade dos irmãos. E assim como não são motivados da mesma forma, também não se arrependem da mesma maneira ou através dos mesmos meios.

A primogênita, de 10 anos, é esperta, observadora, entendedora da alma humana. Tem facilidade com as palavras e a sua inclinação ao diálogo me surpreende. É facilmente corrigida apenas com uma boa conversa! Basta que eu a chame. Vamos para algum lugar tranquilo, sossegado, onde não haja interrupções. Explico a ela o que fez, o motivo da atitude estar errada e apenas apontando na Bíblia, o seu pecado, já é o suficiente pra ela. Anna Lucia se arrepende verdadeiramente por ter magoado o coração de Deus. Reconhece seu pecado. Oramos juntas. Ela se propõe a não errar mais naquela questão e pronto! O dia continua tranquilo e em paz!

O segundo filho, de temperamento quieto e introvertido, não é assim tão rápido para reconhecer seus erros. Talvez porque tenha a tendência de errar menos, já que ao contrário da irmã, mais velha, sanguínea e falante, ele seja de poucas palavras… Ou então, talvez seja mesmo porque me parece que os homens têm uma tendência maior a não expressar o que pensam ou sentem (ou talvez, porque ele tenha apenas 8 anos!). Fato é que, para Gabriel, não bastam apenas algumas palavras… Nem simplesmente apontar na Bíblia o seu erro… É preciso conduzi-lo a uma reflexão mais profunda… Talvez trazendo à luz alguma história Bíblica onde o personagem tenha cometido um erro parecido com o erro dele… Aí, de repente, fica claro, realmente evidente aos olhos dele, onde o caminho que ele estava trilhando, iria o levar! Ele reconhece que estava caminhando na mesma direção e se arrepende verdadeiramente. Podemos orar, e seguir com o dia. Tudo permanece em paz.

O filho caçula tem uma incrível tendência a levar tudo na brincadeira e testar nossos limites com frequência. Ou será que é impressão minha? Daniel tem apenas 6 anos, então talvez eu esteja me precipitando quando quero que ele sinta arrependimento pelos erros que comete. Mas sou conhecedora da Palavra de Deus e sei que preciso corrigir os meus filhos desde tenra idade para que permaneçam firmes nos caminhos do Senhor! Um dia desses, me deparei com o inusitado! Daniel simplesmente não se sentia arrependido por ter brigado com o irmão. Geralmente, conversar, resolve a questão. Quando muito, alguns minutinhos sentado… Pensando… Refletindo… E pronto! Reconhece seu pecado, nós oramos e ele volta a brincar. Mas nesse dia, ele estava irredutível. Embora estivesse errado e tivesse sido o causador da discórdia, não cedia! Não se tratava de fome ou sono, o que em certos momentos, potencializa qualquer situação! Mas tratava-se claramente de teimosia.

Tentei todos os métodos possíveis. Conversar… Nada… Cadeirinha do pensamento… Nada. Explicar na Bíblia… Nada! Eu já estava começando a ficar frustrada! Nada funcionava. Meu pequeno não se inclinava ao arrependimento. Foi então que tive uma ideia que tenho certeza que veio do Espírito Santo! Falei a ele que iria colocar um louvor, para que ele ouvisse. E que deveria cantar junto! Deixei-o só na sala, liguei a TV com louvor e saí de perto.

Fui ao quarto orar. Pedi a Deus que meu pequeno filhote conseguisse compreender o seu erro e se arrepender da dureza do seu pequeno coraçãozinho. Pasmem! Dez minutos depois, sim, dez! Ele veio ao quarto chorando. “Mamãe, como pude fazer isso com meu irmão? Eu tenho que amar meu irmão, e não brigar com ele! Jesus morreu por mim para me salvar! Me ajuda a orar mamãe! Preciso pedir perdão a Deus!” Confesso que fiquei emocionada. Aquele pedacinho de gente, tão pequeno e tão arrependido do seu pecado! Oramos juntos, ele pediu desculpas ao irmão e a paz voltou a reinar na casa.

O meu objetivo, com esse relato é que você não desista de ensinar a seus filhos de que o pecado não agrada a Deus. O arrependimento vem de um coração que reconhece seus erros. Se nossos filhos não aprenderem a se arrepender, a ter um coração quebrantado diante do Senhor, como poderão permanecer firmes nos caminhos de Deus?!

Que Deus te abençoe!

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